Ao invés de gente, prédio

12/03/2009 at 13:35

Como tô com saudades de espinafrar João Henrique Carneiro (que pra mim está claro que se trata de um caso de patologia neurológica grave não tratada, uma epilepsia de pequeno-mal com fenômeno de vaguidão ou algo que o valha), volto a carga. É do conhecimento até das alijadas pedras portuguesas do Porto da Barra que esse é, hoje, meu segundo esporte preferido. O primeiro é “arremesso de Grampinho(s) a distância, para baixo”.

Desde o Carnaval notei a mudança da marca visual da prefeitura. Do período 2005-2008 (em que votei, apoiei e participei da gestão então promissora do Menino Maluquinho JH Barradas Carneiro) era um esboço de uma série de pessoas, em traços rápidos, com mão para cima, representando cidadãos a votar (embora hoje a pose me lembre um pouco o Heil facista). Abaixo, lia-se “Prefeitura de Participação Popular”.

Não foi tão participativa quanto pregava, mas era mais do que hoje, e mais do que jamais tivemos, é verdade. Era um governo ao menos trabalhista, e quando populista era o populismo de Getúlio Vargas, mais autêntico e menos tirânico ou personalista.

Hoje, o logo é exatamente o mesmo, só que ao invés de gente tem prédio. E não tem o “Participação Popular” abaixo. Não poderia ser mais apropriado: o fim do primeiro mandato, a (dificil, quase milagrosa) reeleição e o atual mandato previlegia o mando da indústria da especulação imobiliária, nascida com e para o Carlismo, que expande a cidade para o norte sob o argumento de que ela “não tem mais pra onde crescer” (enquanto isso, a Lapinha, o Barbalho, a Soledade, a Ribeira e o Comercio têm baixissima ocupação habitacional e fora este último, nenhum mísero escaço arranha-céu de sequer 10 andares. E são bairros centrais! – com uma vista pra maior baía do sul do mundo que é de fazer babar…).

O bom do governo João Henrique é isso: ele não esconde ao que veio. Estampa logo, na marca oficial: “não quero mais saber de gente, meu negócio é obrar (no sentido evangélico do termo) prédios por aí”. Também, a doença neural dele não o permitiria mentir. A não ser “mentir pra mais”, como quando ele disse que usou dinheiro da merenda escolar pra bancar o Carnaval (sério mesmo: isso é sintoma de transtorno mental orgânico! Nem doido de hospício diz uma cousa dessas, mesmo que seja verdade…)

Confiram o “antes & depois” da gestão do E.T. Varginha que (não) toma gardenal:

Antes

Antes

Depois

Depois