Premiação do 9º Concurso de Literatura da Fundação Cultural de Canoas – RS
Este que batuca neste Baile ganhou o primeiro lugar na categoria Crônicas do Prêmio Literário da Fundação Cultural de Canoas, Rio Grande do Sul, esse ano.
Prêmio: 100 (cem) volumes da coletânea com premiados e menções honrosas, a ser lançada.
E eu vos pergunto: que porra que vou fazer com 100(cem) volumes de um livro coletânea? Virar mascate ambulante caxeiro viajante e ficar consignando a preço de merreca estes alfarrábios em livrarias & sebos pra ver se vende – e provavelmente nunca serão vendidos?
Tenho de tomar vergonha na cara e só participar, doravante, de prêmio pecuniário.
Desagravo a parte, isto diz respeito a este blog. Nunca levei primeiro colocado em prêmio literário, e nunca levei prêmio em categoria Crônica. Levava sempre menção honrosa, ou terceira e segunda colocação, em Poesia e Contos.
Ora, blog é o lugar da crônica moderna – é a crônica em formato Web2.0: colaborativa, aberta, e de autoralidade difusa. Mas crônica ainda. Embora O Sebo de Alexandria tenha sido escrito aos meus 19 anos, e sem pensá-lo para qualquer formato Web – aliás, a Web2.0 nem existia ainda!; o conteúdo da rede ainda era receptivo, e não colaborativo – embora este fato, seu conteúdo, suas formas, são, digamos, vistas de hoje, uma inflexão Web2.0 a respeito da tradição bibliofílica e palimpséstica.
Nem peçam pra eu postar aqui a crônica. Não vou. Quem quiser que compre o livro. Afinal, terei que me desfazer de 100 (cem!) exemplares, e eu não tenho tantos amigos (& inimigos) assim…
[…] postal, bem como qual das duas (ou ambas, se for o caso) coletâneas quer ganhar – a do Concurso de Crônicas de Canoas ou a do Prêmio de Contos do Paraná. Tags: art-nouveau, bélle epóque, era vitoriana, gearpunk, […]
[…] que ganhei o 9º Concurso Nacional de Crônicas de Canoas – RS, estou com livros iguais inutilmente acumulados em casa, não servindo pra nada. Pra quem eu podia […]
[…] Leituras do Dia, talvez pela forma escrita e por ser um blog-para-amigos (surgido quando blogs eram diários pessoais-públicos, mas sobrevivendo até a era atual onde são sobretudo engajamentos políticos anti-midáticos), […]
O chato acima é meu tio, que além de tudo é pintor, e brigava comigo quando eu tinha 10 anos de idade porque eu detestava Picasso e só gostava de Miró. Chatice útil, como se vê, é congênita na Portelândia…
Lucas,
podes me resevar 5 volumes.
Mas não abuse da bôa vontade, não exagere no preço.
Apenas peço-o que faças cinco dedicatorias:
duas para mim, uma para Gabriela Scherr, uma para Yahaira Salazar e uma para Fabrice Carlier. Todos do universo teatro, texto, cinema aqui em Paris. Quanto a mim ja me sabes nas artes visuais.
Pensei em traduzir aqui o texto para o frances. Apos refletir, nada melhor que fazê-lo sobre os zêlos do proprio autor. Então inclua, por favor, esta despesa na minha conta.
O peculio recebera ai mesmo em Salvador.
Até mais,
Saulo
Neste certame, não. Em outros, sim.
Talvez o melhor seja somente ser premiado com esta colocação tão homérica, do que o contraponto do pensamente o que vou fazer com os livros? Já que diz que seu nome nunca subiu ao degrau mais alto do pódio.
Lucas,
Muito, muito atrasado, mas parabéns. Pelo primeiro lugar e não pelo prêmio.
Marco Aurélio.
Opa!
Pode guardar o meu que compro sim! :o)