3 anos de Dona Mariquita

03/11/2009 at 15:26

dm9-salaoRecebo release, personalíssimo, semana retrasada. O Restaurante Dona Mariquita (talvez um dos fatos mais interessantes da gastronomia nacional, não apenas segundo este blogueiro, mas também segundo o New York Times) completa 3 anos. E atende a meus pedidos: vai voltar a ter café da manhã; vai ter buffet (que a chef Leila Carreiro tem chamado de “feira-livre in-door”); e vai passar a ter samba-de-roda nos fins de semana a noite.

O Dona Mariquita é talvez um dos únicos locais de Salvador em que se pode saborear iguarias do Recôncavo (o outro é o Ponto Vital, no Pelô). E isto não é ainda dizer tudo: a louça é de Maragogipe, a renda das cortinas de Cachoeira, Cidade Heróica; feijoadas são uns cinco tipos diferentes, inclusive de andú (feijão verde). Tem efó. Tem acaçá. A punhetinha frita na hora é imbatível! Tem frigideira de maturis (castanha de cajú verde), e a versão bahiana do cuzcuz marroquino, herança dos revolucionários maLês (negros muçulmanos escravizados nas manufaturas bahianas): Arroz de Hauçá.

O desjejum reconvexo começa nos domingos de dezembro. E tudo indica que vai incluir um acepipe inominável: pamonha de carimã assada no braseiro – delicadeza culinária só encontrada nas praias de Madre de Deus, depois da ponte do funil.

O bufet no almoço de sábado dura só o mês de novembro, e só tem pratos de comida de feira livre: moqueca de fato, maxixada, ovo de boi. Tudo feito em taxo de barro. E com banana da prata, de lei, pra acompanhar.

Os showzinhos também. Recomendei, como soe de ser, o Samba das Moças e o Clube da Malandragem. Espero que a Ex-Mulher de Tom Zé baixe por lá até o carnaval toda semana.