O ex-carlismo nefelibata – II

27/07/2009 at 10:06

Da Revista Veja (aquela, processada na Satiagraha, e que concorre com a americana Mad):

(…)

O Sistema também exporta sua valiosa experiência de ensino – realiza intercâmbios com dois projetos similares no Brasil: o Neojibá, na Bahia, e o Instituto Baccarelli, que mantém uma orquestra jovem na favela de Heliópolis, em São Paulo. Projetos de música erudita para comunidades carentes inspirados no Sistema estão sendo implantados na Escócia e em três cidades americanas – Nova York, Los Angeles e Chicago. É realmente uma fórmula que merece ser copiada. Não será exagero dizer que, em alguns casos, o Sistema salva vidas. Dez anos atrás, Lennor Acosta, 27, era um caso perdido. Criado em Carapita, um dos bairros mais violentos de Caracas, ele havia sido preso nove vezes, era usuário de crack, maconha e cocaína. Em 1999, Acosta foi enviado a Los Chorros, uma instituição para recuperação de menores. Lá, conheceu o Sistema, adotou a clarineta e hoje se divide entre as apresentações da Orquestra Jovem Simon Bolívar e a coordenação musical do Núcleo Los Chorros – que deixou de ser um reformatório para se tornar um núcleo do Sistema. “Segurar uma clarineta é melhor do que segurar uma arma”, diz.

Comentário: Quando a Veja e o Estadão elogiam um governo francamente a esquerda, num estado até então governado pela extrema-direita e tida esta como “eficiente” – quando até a Veja e o Estadão elogiam Jaques Wagner, é hora de Heraldo Rocha (deputado estadual pelo PFL) vestir os pijamas…

Vale lembrar que no caso da Veja, ao fazer isso ela elogia também seu satanás-pessoal, Hugo Chavez Frias. O que vale lembrar: juntando a reportagem de Veja e do Estadão, fica mais uma vez clara o inolvidável talento diplomático do atual governador: consegue ter igual e profícua proximidade com figuras antagônicas como Hugo Chavez e Condoleezza Rice. Depois me venham dizer que “estadista” é no caso um epíteto exagerado.