Cheira a roubo
Essa história de João Henrique desativar o atual teatro municipal (o Gregório de Matos, cujo projeto, premiado, é de Lina Bo Bardi) e transformar numa pinacoteca (desativando por sua vez o Museu da Cidade); e depois construir um outro “municipal”, com projeto supostamente de Niemeyer – esse embróglio aí, para além de revelar sua incapacidade de planejamento estratégico e total cegueira em termos de leitura dinâmica da cidade, me cheira a roubo.
Notem: primeiro, é tanto troca-troca de lugar que fica dificil fiscalizar o que, exatamente, está sendo planejado e executado.
Depois, o fato de ser um projeto “de Niemeyer”. Dispensaria licitação.
Por último, construção de prédios públicos, caros e desnecessários. É uma espécie de “minhocão da Cultura“.
João Henrique está se mostrando não apenas neo-carlista, mas um belo de um neo-malufista, com esta estética feira-de-santana que trata Salvador como se fosse um entroncamento rodoviário com vista pro mar.
é uma pena que não posso colocar aqui uma imagem do rio vermelho antigo, quando este ainda era longe suficiente para ser lugar de veraneio.
Se querem me indiquem um caminho de ‘telechargement’, tenho aqui uma coleção de imagens.
ate +
Olá Lucas!
Quero lhe agradecer a gentileza em está divulgando o Dona Mariquita!!!
Quero também informar que infelizmente não estamos funcionando mais a noite com musica ao vivo, nós só estamos funcionando para almoço com nosso novo cardápio de “Comidas tipicas do reconcavo” e como novidade, resgatando o picolé da Capelinha que tem a cara da Bahia.
Apareça! Um abraço
Dona Mariquita
Antônio Risério não se esqueceu de nada. E a Bahia foi, e é, representativa para o resto do país. Veja os anos 50-60, a chamada “Avant Gard”. Veja os anos 40, quando Edgar Santos e Anysio Teixeira eram os mais importantes educadores do Continente Americano. Veja os anos 90, com Recife despontando no Manguebeat e praticamente implorando pela parceiria da Bahia. Veja atualmente, como o país inteiro (a exceção de São Paulo) comemora abertamente a saída de Salvador do atoleiro mediocrizante do axezismo.
Desculpe, Ruben, mas falta maior conhecimento histórico seu, e maior atenção nos fatos. Não basta ter olhos: é preciso ver.
Não é “esse tal”. É um projeto de Lina Bo Bardi. Lá eu assisti a melhor montagem teatral que já vi na vida – a peça de graduação da UFBA, dirigida por Arildo Deda, “Os Pequenos Burgueses”, de Máximo Gorki. Encenação realista utilizando ao máximo as potencialidades de um espaço modernista, 3h cerradas de peça, etc.
Fica na Praça Castro Alves, como disse, a entrada é ao lado do hoje Unibanco ArtePlex – entre este e a Igreja da Barroquinha, embaixo. Sim, é escondido: Lina o concebeu como uma “garganta”, representando o Boca do Inferno.
Em tempo: o mobiliário também é de Lina Bardi – as premiadas na Bienal de Veneza “cadeiras girafa”.
antônio risério só esqueceu uma coisa nesse seu artigo: salvador nunca representou nem representará nada para o país a não ser o epicentro da macacada baiana que faz graça para o resto do país durante o verão.
onde fica esse tal teatro municipal gregório de matos?
Cheira a roubo mesmo. Infelizmente a população escolheu novamente alguém que não inspira o mínimo de confiança. Você está sabendo do projeto cidade baixa? Parte da orla foi desapropriada e já foi aberto um edital para o projeto. O edital oferece uma quantia ridícula para as empresas, ficando claro que há algo encoberto. Lembra muito ACM prefeito, que tb estragou a cidade baixa transformando a área em zona industrial…
A propósito, gosto muito do seu blog.